24 de fevereiro , hoje, é comemorado o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil. Há 88 anos, mais precisamente em 24 de fevereiro de 1932, foi publicada a primeira legislação eleitoral brasileira que reconhecia o voto feminino e incluía o voto secreto (Decreto n. 21.076). A redação do decreto considerou eleitor “o cidadão maior de 21 anos sem distinção de sexo”. A partir de então, as mulheres brasileiras foram integradas na categoria de indivíduo capaz de expressar opiniões políticas próprias por meio do ato do voto, a ser praticado secretamente em local e urna outorgados comuns aos dois sexos.
Filha de um bacteriologista brasileiro e uma enfermeira inglesa, Bertha Lutz foi estudar na Europa ainda menina e entrou em contato com o cenário feminista e sufragista inglês. Tornou-se conhecida internacionalmente por seus estudos e descobertas sobre anfíbios e sua atuação a favor do direito de voto feminino.
Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público e representou a Liga Brasileira na Assembleia Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos. Foi eleita a vice presidente da sociedade Pan-Americana. Junto as outras companheiras, fundou a Federação Brasileira pelo progresso feminino, que conseguiu o direito ao voto das mulheres. Bertha alcançou até uma cadeira na Câmara dos Deputados, onde defendeu os mesmos princípios feministas.
No final do século XIX, no Brasil, a luta das primeiras organizações de mulheres era pela educação e pelo voto. Contudo, foi a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, criada em 1922 e espalhada por diversos Estados brasileiros que encabeçou o movimento pela conquista pelo sufrágio feminino. Bertha Lutz, foi a grande responsável pela campanha nacional em favor do voto feminino.
"Recusar à mulher igualdade de direitos em virtude do sexo é negar justiça à metade da população"
(Bertha Lutz)