Minha conterrânea de Maringá é a mulher premiada.
Tenho refletido sobre as violências praticadas por motoristas homens, de aplicativos, um acusado de estupro e inocentado por falta de provas, e o pior a culpa recaiu na vítima. Que bebeu, não quis dirigir, pensou que ir embora de aplicativo fosse salvaguardar sua vida, #soquenão.
Outro, usando roupa de policial e arma, ambas falsas, deu uma “geral” no cliente.
Como podem mais uma vez usar uma ferramenta boa para resultados nefastos? Claro que a sociedade e os órgãos competentes pedem explicações aos responsáveis, como fica a relação motorista e sua empresa, ou sua startup? Bem não vou entrar no debate jurídico.
Mas sim, vou enaltecer a colega, motorista, mulher, premiada e campeã. Vejamos:
"Uma motorista do Uber de Maringá, no Paraná, é a primeira mulher do Brasil a receber cinco estrelas no aplicativo. Nem de longe a conquista está relacionada com a máxima machista que de mulheres são mais cuidadosas.
Glaucia Stocki dirige pelo aplicativo há um ano e sete meses no Paraná. A conquista do título se deu pelas avaliações positivas de nada menos que 500 passageiros consecutivos.
As estrelas foram entregues pelo tratamento respeitoso, direção segura, assuntos interessantes (sem polêmicas e reclamações constantes sobre o trânsito), limpeza e trajeto certeiro.
Em entrevista ao Maringá Post, Glaucia diz que começou a se dedicar ao ver a nota próxima dos cinco pontos. “Confesso que minha maior motivação foi mostrar que as mulheres também são muito boas ao volante”, explica.
A motorista pontua que nunca pediu para os clientes fazerem qualquer tipo de avaliação, até porque esta é uma prática vetada pela equipe do Uber.
“Eu tratava todo mundo da melhor maneira, buscava assuntos interessantes e fora de polêmica. Ficava quieta quando percebia que era isso que o cliente queria, além de manter o carro sempre muito limpo, fazer o melhor trajeto e ser cuidadosa no trânsito”, comenta.
O prêmio rendeu uma gratificação de R$ 5 mil e outros prêmios. A condutora comemorou o fato em um vídeo postado no YouTube.
A notícia abre caminho para uma reflexão importante sobre sexismo. A Universidade de Stanford nos Estados Unidos, fez um estudo mostrando que mulheres recebem até 7%menos do que homens. A discriminação, segundo os especialistas, é provocada pelo entendimento de que mulheres dirigem mais devagar que homens."
Observem que até nesta atividade profissional, nós, mulheres recebemos menos que os homens, não é mimimi, é fato, e deve ser mudado. Lute pelos seus direitos, lute por igualdade de salários e proventos. Não receba menos por ser mulher.
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