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Diversidade feminina nas empresas, uma realidade de fato ou de boato?

Diversidade feminina nas empresas, uma realidade de fato ou de boato?
Lênia Luz
set. 16 - 4 min de leitura
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Atuei na área de inclusão da pessoa com deficiência por 18 anos, pelos vieses clínico, educacional e do mundo do trabalho. Por conta da vida que atrai o que nos atrai, acabei entrando em um outro universo da inclusão, o das mulheres no mercado empreendedor e intraempreendedor.

Hoje, trabalhando em home office (tem dias que produzo melhor em casa do que no escritório do Empreendedorismo Rosa) acabei por assistir o "Netflix" de jornais da GloboNews. Um dos programas falou em dois momentos, e muito bem por sinal, sobre a diversidade nas empresas. Fiquei ali ouvindo, sendo impactada com as histórias compartilhadas, mas a frase que mais ouvi nas matérias foi: "Sim, avançamos muito. MAS ainda tem muita coisa para mudar na cultura das empresas." E isso me provocou alguns questionamentos que quero compartilhar com vocês.

Sabemos, pelas tantas notícias que lemos e ouvimos, que a diversidade de gênero é a mais debatida e difundida nas empresas, mas ainda assim a representatividade feminina em cargos de liderança segue longe do que é possível ser. A pesquisa anual International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, realizada pela consultoria Grant Thornton, com mais de 4.995 empresas em 35 países, mostra que apenas 29% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. No Brasil, esse número fica em 25%.

Estamos praticamente em 2020 e ainda se questiona a importância da diversidade dentro das empresas. Mas lhes pergunto: 

Se estamos cientes de que metade da população mundial é feminina, por que AINDA temos apenas este número dos postos em cargos de liderança?

Por que ainda se questiona que homens são mais competentes e qualificados para estes cargos? Mesmo com as mulheres se desenvolvendo mais, academicamente e tecnicamente falando, elas ainda têm que provar mais, humanamente falando?

Até quando as empresas permanecerão falando sobre "vieses inconscientes" existentes na cultura da empresa e não olharão para a cultura particular da mulher que está também inserida nesta cultura? Mulher esta que muitas vezes foi desencorajada, amedrontada, culpabilizada, desvalorizada e até mesmo assediada em sua trajetória profissional. Ela não precisa somente que a cultura da empresa mude, ela precisa ver e sentir que a empresa investe também em sua mudança comportamental.

Falar sobre diversidade é importante, mas promover sua realização é o maior desafio.

Para isso chegou a hora das empresas oferecerem às mulheres, que já fazem parte ou estão chegando, um momento onde elas se reconheçam e se valorizem. Com isso, elas saberão exatamente o que oferecer e obter da empresa a qual estão vestindo a camisa/camiseta. 

E vale lembrar que este movimento não deve ser feito somente em empresas "maduras", mas também nas startups. Apesar de, na maioria das vezes, serem jovens que as conduzem, a diversidade de gênero ainda é uma questão a ser acolhida, mesmo nas novas gerações. Pois os vieses inconscientes são culturais e geracionais.

Meu recado as empresas que me leem: Não basta olharem para os obstáculos institucionais, se faz necessário olhar para as mulheres e suas barreiras internas, que tanto as prejudicam. Ao absorverem estereótipos que as fragilizam profissionalmente, elas desenvolvem inseguranças e culpas que levam a ação do que chamamos de síndrome do impostor, invalidando sua performance profissional.

Invistam em programas de autoconhecimento para as mulheres e lhes garanto que estarão com isso contribuindo de fato com a inclusão, aplicando a real diversidade. E lembrem-se: no quesito competitividade saudável, vocês ainda sairão na frente de empresas que dizem que estão fazendo (e muitas estão mesmo) mas perceberão que podem fazer muito mais.

Da minha parte, hoje tenho confiança de que meu empreender pode contribuir para um mundo cada vez mais igualitário para TODAS as pessoas, porém no meu caso, o tempo vem sendo dedicado exclusivamente às mulheres.

Quer saber como? Me mande um e-mail e lhe conto!

Grande abraço de diversidade de fato e não de boato

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