Desde 2014, 19 de novembro foi estabelecido como o Dia do Empreendedorismo Feminino pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Já em seu ano de criação, a data foi celebrada durante a Semana Global de Empreendedorismo, com atividades realizadas em mais de 150 países.
A ideia é atrair a atenção mundial para o impacto econômico e social do movimento, fortalecendo o protagonismo feminino.
O Dia do Empreendedorismo Feminino é uma das iniciativas coordenadas pela ONU Mulheres, braço da entidade que tem como objetivo unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres.
A fim de diminuir a desigualdade de gênero, a ONU Mulheres atua em seis áreas prioritárias:
- Liderança e participação política das mulheres
- Empoderamento econômico
- Fim da violência contra mulheres e meninas
- Paz e segurança e emergências humanitárias
- Governança e planejamento
- Normas globais e regionais
Mas não podemos apenas falar do número crescente de empreendedoras e sim falar também dos desafios que as mulheres empreendedoras ainda enfrentam.
Enquanto os empreendedores em geral apontam a liberdade como principal motivo para abrir seu negócio, as mulheres brasileiras acabam tomando essa decisão por necessidade, para complementar a renda ou alcançar a independência financeira.
Isso porque, muitas vezes, elas precisam assumir o sustento da família.
As empreendedoras ainda recebem menos que os homens e, segundo o Sebrae, têm menor acesso a linhas de crédito para estruturar e expandir seu negócio.
Outros desafios estão relacionados à maternidade, que exige maior flexibilidade no trabalho, 53% das empreendedoras brasileiras são mães, sendo que a maioria busca por horários flexíveis que permitam conciliar as tarefas domésticas e a vida profissional.
Muitas empreendedoras também tomam esse caminho devido ao pouco espaço em cargos de chefia no mercado tradicional.
Conforme o estudo “Women in The Boardroom – Uma Perspectiva Global“, elas estão presentes em somente 16,9% dos assentos de conselhos de grandes empresas no planeta – número que cai para 8,6% no Brasil.
Nesse meio corporativo, elas ainda enfrentam assédio e preconceito, partindo de ideias retrógradas como a de que são muito emotivas ou de que não poderão se comprometer com a empresa se tiverem filhos.
Mas apesar dos desafios, muitas mulheres estão tomando a dianteira e fazendo a diferença no mundo, através da criação de negócios de impacto social e econômico. Por isso, o movimento está crescendo e deve ser apoiado para diminuir as desigualdades de gênero e aumentar a diversidade.
FELIZ DIA DO EMPREENDEDORISMO FEMININO!