A Islândia é um país surpreendente, não só pela incrível paisagem, mas também pela consciência entre a igualdade de gêneros. Foi o primeiro país a eleger uma mulher como presidente e também o primeiro a colocar em vigor a lei de igualdade salarial entre homens e mulheres. Não só isso, o país tem uma Ministra de Igualdade de Gênero e investe em diversas leis relacionadas ao tema.
Já em sua quarta eleição a Islândia elegeu, pela primeira vez no mundo, uma mulher. Vigdís Finnbogadóttir ficou no cargo de 1980 a 1996. Antes de se eleger, nos anos 60 e 70 ela participou de numerosas reuniões para protestar contra a presença militar dos EUA na Islândia.
Além disso, a Islândia é o 1° país do mundo a impor igualdade salarial entre homens e mulheres. A lei entrou em vigor em janeiro de 2018, empresa privadas e agências governamentais, que tenham mais de 25 funcionários, devem pagar o mesmo salário para homens e mulheres que exceção funções semelhantes. Empresas que não cumpram a lei estão sujeitas a multas. Ainda assim há diferença salarial, cerca de 5,7% em 2017, mas a meta é eliminar a desigualdade salarial entre os gêneros ate 2020.
Entre muita luta e questionamentos, uma data ficou bem marcada no país, 24 de outubro de 1975, dia em que milhares de mulheres no país saíram às ruas para chamar a atenção para seus baixos salários e a falta de reconhecimento de seu papel na sociedade. Nesse dia nenhuma mulher foi trabalhar ou sequer ficaram com seus filhos, 90% das mulheres de todo o país entraram em greve e participaram dos protestos e atos públicos naquele dia.
"Foi um chamado à ação. Muitos sentem que a solidariedade mostrada neste dia abriu caminho para a eleição, cinco anos depois, de Vigdis Finnbogadottir, a primeira presidente eleita democraticamente no mundo", ressaltou Rudolfsdottir, que coordena o programa sobre estudos de gênero da Universidade da ONU em Reykjavík, capital da Islândia.
O Relatório Anual de Desigualdade de Gênero de 2016 mostrou que a Islândia está bem próxima de atingir a igualdade plena entre homens em mulheres nos quatro pilares avaliados: Participação Econômica e Oportunidade, Acesso à Educação, Saúde e Sobrevivência e Empoderamento Político.
Claro que ainda se há coisas para conquistar, mas já é um ótimo exemplo para outros países. Alguns já estão de olho nessa positiva mudança e começam a dar seus passos, como Portugal.
A ideia aqui é nos inspirarmos no país do gelo e do fogo para continuarmos a lutar pelos nossos espaços e direitos para enfim termos a nossa tão honesta e necessária igualdade.