O levantamento da Women In Banking and Finance, uma organização sem fins lucrativos fundada em 1980, e da London School of Economics alerta para uma tendência entre gestores: fingir empatia ao gerenciar mulheres. Os autores da pesquisa afirmam que essa tendência é uma preocupação ainda maior no atual cenário, em que é preciso mais habilidade de gerenciamento durante a pandemia de coronavírus.
As mulheres no setor financeiro perceberam que precisavam mostrar excelência contínua para progredir, enquanto os homens têm mais espaço para cometerem erros, de acordo com o relatório. Entre os motivos para isso, estão a sociedade dominada por homens, as carreiras interrompidas devido à licença maternidade e a maior relutância em administrar funcionários homens.
O estudo entrevistou 79 mulheres de bancos, consultorias, fintechs, gestoras de ativos e seguradoras de Londres. Grace Lordan, professora da London School of Economics e diretora fundadora da The Inclusion Initiative, disse ao jornal Financial Times que há uma percepção entre as mulheres entrevistadas de que é “muito mais provável que homens médios acabem sendo os chefes das mulheres mais jovens que estão chegando”.
Ela afirma que houve progresso no mercado financeiro londrino, mas que o setor “não está nem perto da igualdade”.
Fonte: Valor Investe: