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O papel da nutrição no tratamento da acne

O papel da nutrição no tratamento da acne
Natalia Brandao
abr. 19 - 3 min de leitura
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Os cuidados com a estética corporal são diários, especialmente quando se fala em saúde da pele. Uma das condições que afetam significativamente as pessoas em diferentes épocas da vida é a acne, tecnicamente chamada de acne vulgar.

Com uma prevalência que atinge de 85 a 100% da população, a acne é considerada uma das mais frequentes doenças cutâneas. Ela se desenvolve por um conjunto de fatores internos e externos, com destaque à alta produção de sebo pelas glândulas sebáceas e liberação de componentes inflamatórios. Pode acometer diversas partes do corpo, sendo as mais comuns a face, as costas e o ombro. No Brasil, a acne é mais frequente na faixa etária dos 14 aos 19 anos, cuja a incidência chega a 1% na população masculina e 5% na feminina.

Segundo Thaiza Nunes, nutricionista gerente do Meeting Brasileiro de Nutrição Estética, a alimentação exerce influência expressiva tanto no desenvolvimento e progressão da acne, como na redução e cicatrização dos seus sinais específicos na pele. Uma recente revisão bibliográfica (Silva; Paes, 2017) mostrou que a alta ingestão de leite e derivados, carboidratos de alta carga glicêmica e produtos com elevada concentração de açúcar simples apresentam relação positiva no surgimento de acne, especialmente por elevar os níveis de hormônios circulantes como insulina e testosterona, responsáveis por estimular a secreção de sebo.

A baixa ingestão de componentes antioxidantes e fibras na dieta também pode ser um fator agravante da acne. A modulação intestinal através da alimentação é essencial para evitar o acúmulo de toxinas que comprometem a resposta imunológica do organismo, mais um aspecto diretamente associado ao desenvolvimento desta desordem na pele.

Estudos apontam, ainda, que o consumo excessivo de ômega-6, presente em óleos vegetais (canola, girassol) pode resultar na manifestação da acne, por atuar como precursor de inflamação celular. Sendo assim, o equilíbrio entre o aporte de ômega-6 e ômega-3 torna-se fundamental. O ômega-3 é um nutriente que apresenta eficácia na modulação anti-inflamatória e que auxilia na melhora dos quadros de acne. O zinco, presente em sementes oleaginosas e cereais, por sua vez, favorece a redução da produção de sebo pela glândula sebácea, mais um benefício atribuído à prevenção da acne.


Por ser considerada uma patologia estética, o tratamento da acne deve ter um acompanhamento adequado com uma equipe multidisciplinar. O nutricionista é responsável por avaliar os processos inflamatórios decorrentes e traçar a conduta dietética e a suplementação necessária para cada paciente, de forma individualizada e, portanto, mais assertiva. O mercado de nutracêuticos e nutricosméticos vem ganhando espaço com diferentes novidades que podem ser promissoras para auxiliar no tratamento de disfunções cutâneas e outras associadas à estética corporal.


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