Lênia Luz
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O que importa é o bem-estar do indivíduo

O que importa é o bem-estar do indivíduo
Taty Verri
abr. 15 - 3 min de leitura
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Recentemente fui a um festival de artes em Dublin, The Five Lamps Arts Festival, foi em um dos eventos do festival que fiquei sabendo que a Ministra da Infância e Juventude daqui é lésbica. Katherine Zappone assumiu o ministério em 2016, sendo a primeira lésbica a assumir esse posto (indo além, ela foi a 32ª lésbica do mundo a ser eleita para um parlamento).

Bom, não teve como não fazer a ligação imediata com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos sob condução da Damares Alves, no Brasil, e toda a polemica em que ela já se envolveu. Então fui conversar com algumas amigas e familiares.

Qual foi minha surpresa que, muitas das pessoas que são contra a ministra Damares e acreditam que suas ideias são um retrocesso, são também contra o fato de ter uma ministra lésbica cuidando da pasta da Infância e Juventude. Oi??!!

Confesso que não entendi e ainda não entendo (nem sei se vou). Gente, sério mesmo isso? Vamos lá... Na real, qual é a “função” das pessoas que ocupam um cargo desses? De forma geral elas são responsáveis pela promoção, proteção e defesa dos direitos dos indivíduos. E que diferença vai fazer a orientação sexual dessa pessoa? Contanto que ela lute pelo direito e proteção de todos, isso não faz diferença alguma.

Aliás, eu acredito que se quem está no comando for uma pessoa que já sofreu com o preconceito, ela muito provavelmente vai lutar ainda mais para promover o bem-estar e a inclusão de todos, sem excluir ninguém. E é isso que precisa ser feito na sociedade.

Vemos muito preconceito em todos os âmbitos ainda, seja por conta de gênero, orientação sexual, raça, crenças, entre outros. Vivemos nos preocupando com oque os outros fazem e acreditam que esquecemos de nos preocupar com o que realmente importa: o bem-estar do indivíduo.

Fomos todos criados em uma sociedade cheia de preconceitos e é natural que muitas vezes nossa primeira ação seja julgar, mesmo que só na nossa cabeça, por isso precisamos diariamente olhar para nós mesmos e nos policiar, nos analisar, olhar para a situação e pensar se estamos criticando por puro preconceito ou com razão. Não adianta você fazer o bem aqui e discriminar ali.

Não importa se a pessoa é lésbica, hétero, cristã, ateia, etc, etc, etc... O que importa é o quanto a pessoa se importa com o próximo, que ela respeite o direito de todos e dissemine o bem. A função de todos nós como pessoa é respeitar e promover a inclusão, não o ódio, o preconceito e a violência.

PS: Não estou dizendo que aqui não existe preconceito, aqui existe sim! Homofobia, xenofobia, misoginia, etc... só que em outras proporções.


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