Abuso emocional traz sequelas muitas das vezes irreversíveis para quem se torna vítima desta prisão. Segundo estudos, 90% das mulheres que estão em um relacionamento afetivo abusivo, já sofria algum tipo de transtorno dentro do âmbito familiar.
É imperceptível, e assustado na grande maioria das vezes, entender que dentro do próprio lar existe controle excessivo e submissão entre entes queridos. Por se ter uma cultura onde família se deve "a vida", pelo sentimento de dívida, ficamos amarradas as angústias familiares e por amor repetimos padrões viciosos de poder e submissão.
As crenças culturais de que a mulher deve respeito ao cônjuge, aos familiares, ao trabalho, e a sociedade como um todo, faz com que haja perda da nossa própria individualidade e vontades. E se engana quem acredita que para ocorrer um abuso, deve haver violência, pelo contrário. Pesquisas apontam que mulheres entre 20 a 45 anos já sofreram algum tipo de abuso emocional dentro do próprio ambiente familiar (sendo a primeira vez) e no trabalho.
Este tipo de violência, às vezes oculta, simboliza a prisão emocional para nós. Trazendo inseguranças, baixa estima, depressão, pânico, entre outras fobias. Não se deixe levar por um comentário maldoso, por um olhar opressor, por um gesto abusivo, uma agressão verbal e física. Onde quer que esteja, se coloque como defensora do seu espaço. E se por um acaso, ver uma mulher passar por algo parecido, exerça a sororidade.